sexta-feira, 20 de dezembro de 2013



AOS QUE FORAM.

Reginaldo Rosse 
 A produção cultural das décadas passadas, acumulou uma diversidade em todos os gêneros  da cultura, nessas décadas  em que tenho participado do cenário cultural como compositor, músico  e militante, me surgem algumas  indagações e reflexões. 
Os grandes artistas que deram linha e textura nas discussões  nacionais sobre a cultura, estão  partindo, um a um.
 O nosso modelo  de sociedade  está  mais preocupado em lucrar  com qualquer  tipo de cultura,  mesmo que degrade  as novas gerações.
Assim, os novos talentos  que deveriam contribuir para   a evolução e renovação dos conceitos  da estética cultural com ritmos, cores, movimento  entre outros elementos que definem nossos costumes,  esses novos artistas não tem chance de aparecer em nível relevante para serem notados. 
Com isso, já vamos para a segunda década  de Eguinhas pocótos, perereca no chão,baba baby, além da distorção do sertanejo para  um Mobral de duplo sentido  e profissionalização da deprimência constante: assim eu bebo pracarai, uso um Camaro, e quando não morremos de acidentes trágicos, matamos  o espírito das novas gerações.
Que nasçam cresçam e reproduzam  os seres  mágicos desse mundo, aqueles que transformam gerações, levantam polêmicas em hábitos milenares,inovam e propõem  outras visões e texturas para  os novos dias.
E que possamos percebê-los em meio  as multidões de cópias  desse sistema reprodutivo de opressão, ouvi-los em meio a poluição sonora que nos cerca, come-los ao invés dos enlatados e vivermos anos realmente novos.

Por Máximo Mansur 

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